sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Cefaleias


Independentemente da forma como se manifesta, todos a definem geralmente como "dor de cabeça". Porém, na realidade, a doença assume um nome diferente conforme as características específicas da dor. Para melhor definir este conceito, a Sociedade Internacional de Cefaleias catalogou diversas formas clínicas de cefaleia que, por sua vez, se agrupam em cefaleias primárias e secundárias.

CEFALEIAS PRIMÁRIAS

São todas as que não dependem de nenhuma doença existente, ou seja, são autónomas e apresentam dores ou distúrbios locais e/ou mal-estar geral. Destas fazem parte:

a) a enxaqueca (que representa a forma mais comum)
b) a cefaleia de tensão
c) a cefaleia em "cluster"

a) A enxaqueca manifesta-se com uma dor latejante, de média ou forte intensidade, que pode atingir apenas uma parte do crânio, mas que pode estar localizada na nuca ou ser difusa, com duração variável entre poucas horas e três dias. Pode ainda ser antecedida de sintomas visíveis, chamados aura (visão enevoada, aparecimento de relâmpagos de luzes coloridas) e acompanhada de náuseas, vómitos, intolerância à luz (fotofobia) e aos sons (fonofobia). As cefaleias de tipo "enxaqueca" pioram quase sempre com a actividade física, ainda que ligeira, como por exemplo caminhar.

b) A cefaleia de tensão surge lentamente e provoca uma dor opressiva, de "capacete", por vezes acompanhada de náuseas, que abrange toda a cabeça. Relativamente à enxaqueca, a intensidade da dor é menor. A cefaleia de tensão pode ser episódica ou crónica se a dor estiver presente durante mais de 180 dias por ano ou 15 dias por mês.

c) A forma mais rara de cefaleia é a cefaleia em "cluster", caracterizada por dor intensa, semelhante a um óculo colocado dentro do olho e que penetra até ao cérebro. Atinge de forma prevalente os homens e afecta apenas um dos lados do rosto. A dor pode ser associada a vermelhidão de um olho, com lacrimejo e congestão nasal. As crises podem durar de 15 a 180 minutos, ocorrer várias vezes por dia e durante períodos de 30 a 40 dias consecutivos. As raras mulheres que sofrem destas cefaleias (cefaleia do suicídio) afirmam que a intensidade da dor é superior à do parto.

CEFALEIAS SECUNDÁRIAS

São o reflexo de uma patologia existente e a sua frequência ronda os 15 a 20% de todos os casos de cefaleia persistente. É indispensável diagnosticá-la com precisão, pois só melhora ou desaparece se a doença de que é manifestação for identificada e eliminada.

Entre as doenças que podem desencadear a cefaleia incluem-se a hipertensão arterial, a insuficiência hepática, renal ou pulmonar, a anemia, as intoxicações agudas ou crónicas, as doenças ósseas e articulares do crânio e do pescoço (artrose cervical), as doenças oftálmicas (como o glaucoma ou o estrabismo) e do nariz (sinusite), as doenças da boca e dos dentes (especialmente as cáries), da garganta (faringite, bronquite), dos ouvidos (otite) e as perturbações digestivas. A cefaleia por abuso de analgésicos também é bastante frequente.

Retirado de: http://www.pfizer.pt/saude/nerv_enx_class.php

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